@palivre

domingo, 24 de março de 2013

assim como se nada #51

UM CAMINHO À ORIGEM
imagem de autor desconhecido


















Em meados de abril* fez 3 anos que meu cabelo está crescendo sem interrupções.

É bastante interessante a sensação de permitir e aceitar esse crescimento, que foge do convencional, pelo menos do meu. Sinto como se isso me desse uma força natural, como se me ajudasse a me aproximar ainda mais da natureza. Da natureza como um todo e da minha própria natureza.

É interessante também perceber que isso não significa praticamente nada, é apenas cabelo. E que qualquer significado que isso venha a ter, quase sempre é fruto de convenções e comportamentos estabelecidos. Interessante também perceber que isso não é nada novo, que várias culturas já optaram por esse visual. Tanto o cabelo grande como o dread. O que me leva a um lugar ainda mais longe: a origem de tudo isso.

Ou seja: a partir de um simples cabelo pode crescer uma filosofia bem longa. Na verdade, isso serve como um exercício prático de auto-estudo.

Já tenho bem claro que esse que somos nasceu há muito tempo, bem antes de agora. Cada ser que habita cada corpo tem uma história que começa muito antes do seu suposto nascimento. O próprio nascimento que conhecemos é apenas o nascimento do corpo. Depois nasce a personalidade. Mas antes disso, algo já havia nascido. O ser que usa esse corpo pra falar já usou muitos outros corpos.

Aí está o começo de um caminho à origem.

* Abril de 2010

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