@palivre

sábado, 3 de julho de 2010

caminho do arco-íris #2


AS INSTRUÇÕES DO PROFESSOR BISMARCK
imagens de autor desconhecido



25 de setembro de 2008. O dia em que completo 28 anos. Como de costume, continuo minha aventura pela vida de leitor e pesquisador. Pesquisando de tudo: sobre o todo, o universo, o infinito. Lendo cada vez mais: sobre o nada, o vazio, o invisível. Hoje comprei um livro promissor, sobre leitura de auras e tratamentos essênios. Mas não é sobre isso que quero falar.

A conversa de hoje é sobre algumas visitas que tenho recebido. São informações, pensamentos, mensagens que descobrem meu endereço e chegam diariamente, sem avisar. Eles simplesmente aparecem subitamente. Dessa vez foi o seguinte:

Cada um vai receber a instrução ao seu tempo. Não podemos salvar todos de uma só vez.

As instruções que você recebeu em nome do professor Bismarck: é isso que estou tentando dizer desde o começo.

São duas vertentes de trabalho. O trabalho dele é mais ordenado, consistente.

Esses sábios sabiam que existia a necessidade de obter conhecimentos diretamente dos reinos supraconscienciais.

É uma simples questão de se colocar a serviço do canal.


Após isso busco informações na internet. Reviro alguns sites, leio uns artigos por cima, mas nada. Não consigo nada que denote relevância. Passa um dia, dois. Resolvo abrir Demian, o livro de Herman Hesse. Sem um porque definido. Motivado apenas a encontrar algo interessante. Abro em qualquer página. Disposto a ler o que olhar primeiro.

Minha visão cai num trecho que a primeiro momento não desperta muito interesse. Mas como nem só de interesse se faz o caminho, continuo. Depois de ler mais um pouco, alcanço algo interessante. Trata dos homens que trazem o sinal.

Os homens que trazem o sinal são tratados como pessoas estranhas, loucas e perigosas. São homens que despertaram ou estão despertando. E são tratados assim porque sua aspiração é chegar a uma vigília ainda mais perfeita. Porque sua felicidade não está nas opiniões, nos ideais, nos deveres, na vida e na fortuna do rebanho. Porque representam a vontade da natureza em direção ao indivíduo e o futuro.

Para os homens marcados com o sinal na testa, a humanidade é um futuro distante para onde todos caminhamos, sem conhecer sua imagem e suas leis. Leio mais um pouco e decido fechar. Mas antes resolvo olhar a próxima página. É o que faço. Assim que pouso a visão, bato o olho no nome Bismarck. O que me chama a atenção no mesmo instante.

Não olho mais pra nada como uma simples coincidência, olho pra cada coincidência como um simples tudo. Sabendo que um bom destino me aguarda, resolvo voltar à página anterior e continuar a leitura. Leio até chegar à parte que cita o dito-cujo. Motivado a encontrar alguma relação com o professor Bismarck que escutei nos meus pensamentos, me entusiasmo. Mas infelizmente, ou felizmente, o texto não fala nada além do nome de tal pessoa. Não fala nada além de que foi um homem decidido a seguir seu próprio destino. Ou seja: um exemplo de alguém que carrega o sinal na testa. O que é altamente relevante, mas ainda não diz o que preciso escutar.

Resolvo consultar novamente a internet na esperança de conseguir algo a mais. Me deparo com artigos falando sobre o Bismarck chanceler de ferro, estadista polêmico responsável pela unificação de todos os 39 estados da Alemanha sob uma única bandeira.

Decido incluir a palavra ocultismo nas pesquisas. Chego a um artigo curioso, abordando uma relação de parentesco entre o chanceler e um tal de Max Heindel. (Que faz lembrar o nome do principal personagem do livro de Hesse: Max Demian.) O texto fala que Max Heindel nasceu na família da realeza dos Von Grasshofs, ligada à Corte Germânica durante a vida do Princípe Bismarck.

Disposto a me aprofundar ainda mais, vou em busca de Max Heindel. Descubro que ele encarna um irmão maior da Ordem Rosacruz. Descubro também que o Conde de Saint-Germain é um dos membros mais ilustres de tal congregação. Descubro o significado místico do termo INRI: Igne Natura Renovatur Integra. Traduzindo: a natureza é inteiramente renovada pelo fogo.

As novas descobertas me aproximam do que busco e decido saber mais sobre os rosacruzes. Descubro que é uma ordem fundada no século XV por Christian Rosenkreuz. Descubro que a origem e o destino de Rosenkreuz é um mito, mas que as realizações em nome dele são fatos.

Pesquisando sobre os rosacruzes, descubro que eles são considerados uma ramificação da Grande Fraternidade Branca. Descubro que a Fraternidade Branca foi fundada no Egito, há mais de três milênios. Descubro que o faraó Tutmés III foi o fundador e que a fundação aconteceu secretamente no Templo de Karnak. Descubro que a a fundação oficial foi realizada por volta de 1.350 a.c. pelo faraó Amenófis IV, mais conhecido como Akhenaton.

Descubro que o objetivo da Grande Fraternidade Branca é estudar as leis universais e os mistérios da vida. Mistérios que envolvem conceitos como carma, gênese, reencarnação e demais temas envolvendo filosofia, ética, metafísica e terapêutica.
A terapêutica me faz lembrar os essênios. E do livro que comprei hoje. Decido investigar um pouco mais e descubro que eles, assim como a Fraternidade Branca e a Ordem Rosacruz, são originários do Egito.

Descubro que durante a dominação do Império Selêucida, em 170 a.C., um pequeno grupo de judeus abandonou as cidades e foi para o deserto. Eles passaram a viver às margens do Mar Morto, estendendo seu povoado até o vale do Nilo, e conservaram a tradição dos profetas e o segredo da pura doutrina. Esse grupo de judeus são os essênios.

A palavra essênio provém do termo aramaico essenoí e significa médico. Os essênios são também conhecidos como nazarenos. Foram os primeiros a criar hospitais públicos comunitários nos moldes que conhecemos hoje. Eles se vestiam preferencialmente de branco, seguiam uma dieta vegetariana e não se casavam. Há inclusive afirmações indicando que Jeshua Ben Pandira, popularmente conhecido como Jesus, viveu uma temporada na companhia do povo essênio.

Mas voltando ao professor Bismarck. Fica a impressão de que suas instruções são apenas uma isca, uma pista, uma dica para me aproximar ainda mais da minha sorte: o destino que venho buscando por toda a eternidade.


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