RELÓGIO DE BOLSO
O tempo passa.
Já não cabem mais cabides:
estão todos bem vestidos.
Falam demasiadamente e mentem.
Passeio iniciado antes da hora.
Alguns atrasados chegam, pontuais.
Passa o tempo.
O sol tão cansado de brilhar cai.
Algumas cores resistem, insistem.
Enquanto olhares marcam compassos,
os passos ganham cuidado e cadência.
Os sapatos não percebem: demência.
O tempo passa.
Uma cegueira generalizada grita.
A diversão não pára um instante.
Muito menos a ignorância, louca.
Mas tudo vai muito bem lá fora.
Os sapos jogam dados: passatempo.
Passa o tempo.
Agrados sociais insossam sorrisos.
Chove olás em cabeças de tchau.
Os não-convidados são bem-vindos.
Uma garfada de interesses fúteis.
Um gole de vontades vãs e ocas.
deixa eu chover aqui. como anda? estou querendo falar contigo, mas os números que tenho parecem não funcionar mais.
ResponderExcluirme liga ou manda outra msg, por favor
valeu, gato :*
mãe, tias e ostras
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