@palivre

terça-feira, 9 de setembro de 2008

tolice #14


FLAUTA DOCE

nem os pregadores do varal
podiam segurar aquele vento
sopro de adeus estabilidade
beijo com gosto de vai levar

quando passava trazia música
refrescava o descanso na rede
mandava os cílios pra longe
mudava o sentido das formas

não mensurava os estragos
nem pensava nos entretantos
ventava livre como um pássaro
voava através das palavras

o vento balançava os barcos
fazia os cabelos dançarem
chegava e partia sem avisar
tinha razão de passar assim


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