@palivre

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

assim como se nada #5


MAIS UMA BOLA DE SABÃO
imagem de autor desconhecido



Quanto a minha vida? Bem, anda assim perto da sua. Deixando ser como será, tal qual quando loshermaneamos. Com reviravoltas também, afinal o toma lá de cá é eterno. No mais tem sido uma experiência bacana, útil, apesar dos pesares. E quanto a esses pesares, sei que é uma questão de transposição. Basta eu me dar conta de que ali está uma possibilidade de evoluir.

Tenho tentado olhar essas coisas da vida sempre com novos olhares. Mesmo que o velho vício de se acostumar tente atrapalhar esse feito. Claro que encarar tudo isso como uma brincadeira tem sido fundamental. O caminho da seriedade exclusiva sinceramente não me estimula tanto. Talvez porque meu caso esteja para um passeio num dia de frio: sem casaco não tem graça nenhuma.

Continuo na busca de ser essa mudança, raiz da juventude eterna e vida contínua. O haver sempre o que mudar, inclusive de direção, um para onde ir que vai, mesmo sem ver horizonte. Ou quem sabe vendo, mas sem saber de fato que sim.

Muitas memórias eu perco por esse caminho. Não sei se por desleixo ou necessidade. Mas é como um amigo diz: a memória guardará o que valer a pena. No caso, a minha guardou essa afirmação muito bem. E talvez esse desperdiçar de muitas memórias tem facilitado bastante. São menos raízes pra me segurar, menos âncoras pra me afundar.

Nadar pra longe daqui realmente não me apetece. Me sinto melhor quando alcanço a tranquilidade do meu lugar. Esse boiar que me faz eu. Esse flutuar que me desfaz. Quero dizer, se estou no presente, quando estou conseguindo estar, está tudo bem. É essa vida que eu digo que deve parecer um pouco com a sua. Reservando, é claro, o direito de suas devidas diferenças. É a vida que está sendo vivida naquele esquema que você citou, de estar sendo exatamente como deve ser. Ou algo como: a vida vem sendo o que sou.


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