@palivre

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

assim como se nada #1


É CADA UM QUE ENCONTRAMOS POR AÍ
imagem de autor desconhecido



Você precisa de um bom motivo pra ganhar minha atenção. Eu não te dou nenhum. Ao menos por enquanto. E seguimos assim, cada um com suas opções. Quem vai abrir mão primeiro?

É uma boa pergunta. Mas partamos do princípio que essa primeira resistência de ambos, ou, melhor dizendo, divergência, para chegar mais próximo do ponto cume de toda nossa discussão, é o que temos como essencial, matéria-prima para darmos início a este trabalho. Nos cabe definir agora um ponto de partida, um ponto de congruência entre os termos expostos.

Sejamos francos, vai ser difícil chegar a um acordo que corresponda perfeitamente bem à expectativa de qualquer uma das partes, sempre tão exigentes e detalhistas. Então esse é o nosso ponto, é daqui que começamos.

Eu deveria mudar, você deveria mudar ou somos nós que deveríamos? Não vamos prolongar essa conversa muito mais do que aparenta que já vai se prolongar. Portanto, tentemos ao máximo (tudo bem, eu sei de toda nossa imensa dificuldade quando o tema é foco) ser claros e objetivos em nossos pontos-de-vista. Depois a gente decide quem vai pagar a conta.

Agora, me fala: quais são os seus planos? Não é isso que todos perguntam? O que supostamente você tem em mente? Peraí, olha pra mim. Você quer mudar de assunto, eu sei. Tudo bem, não vai ser a primeira nem a última vez. Você gosta disso, né? Mudar o rumo da discussão quando algum ponto delicado é indesejosamente tocado.

Eu conheço esse seu lado, essa sua fraqueza, ou, com mais respeito, essa sua reserva para determinados assuntos. Aliás, não sei porquê, mas sinto que nos conhecemos muitíssimo bem. Desculpa, não vamos nos fixar nisso agora. Isso é papo para uma outra história.

Pois bem, seguindo em frente, rumo ao nosso objetivo tão repleto de subjetividade, deve haver algum motivo para estarmos aqui juntos. Dizem que nada é por acaso, que temos algo a fazer aqui, que cada um de nós está interconectado e se influenciando mutuamente, mas quem vai dar bola para o que essas pessoas dizem?

Dizem de tudo por aí. Já disseram inclusive, se você não sabe, que não deveríamos estar perdendo tempo aqui, que há muito o que fazer. Por aí você tira.

Bem, mudando completamente de assunto, pra não perder o costume e nem o fio da meada que a gente vinha traçando sem se dar conta, mas vinha, escuta essa proposta: que tal desenvolvermos uma parceria? Você faz sua parte e eu faço a minha!

Foi uma idéia que eu tive pra darmos um fim ao nosso ponto de partida. Ou melhor, que nós tivemos juntos, afinal ninguém mais aqui sabe quem é quem, né.

Peraí. Que parte você não entendeu, a que eu falo da parte ou quando falo de nós? Eu posso ser mais direto sim, com certeza, seja feita a vossa vontade, assim na merda como no mel, seja posta a vossa mesa, vossa alteza: vamos nessa!

Compreendeu? Fácil eu sei que não vai ser, ninguém aqui prometeu um mar de rosas sem espinhos. Convenhamos, fazer uma parceria funcionar é tão duro quanto manter qualquer relação de pé.

Apesar de tudo, não podemos negar, uma parceria como essas seria um bom motivo. Não pra ganhar minha atenção, nada a ver, definitivamente, longe disso. Nosso interesse nunca foi coisa esse.

Talvez a resposta pra essa pergunta esteja mais próxima daquele sorriso que só vamos dar depois de algumas outras páginas.



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